Certo dia um jovem casal se encontrava em um estrada completamente estranha a eles. Nunca tinha passado por um lugar semelhante àquele e não entendiam porque estava ali. Tudo era diferente. Estavam numa terra desertificada com uma areia seca e entremeada por pedregulhos. Não havia água, apenas sequidão e pobreza. Assustados e sem saber o que fazer resolveram andar em frente.
Ao percorrer o caminho à sua frente, eles avistaram uma pequena casa de palha inabitada e que de tão fraca, possivelmente não aguentaria uma mínima rajada de vento. Seria facilmente derrubada. Percorrendo a estrada encontraram algumas ruínas de pequenas construções do passado, totalmente destroçadas e que não escondiam nenhum ser vivente. Percebiam as ferrugens corroídas pelo tempo e tijolos espalhados por todo o canto. "Uma tempestade deve ter passado por aqui e destruiu tudo." Indagaram.
Andando um pouco mais avistaram uma casa mal assombrada onde o vento assoviava uma tenebrosa canção que o assustavam. Nada os faria querer entrar ali. A casa era feia, aparentava muita sujeira e estava completamente abandonada. Adornada em um negro fúnebre, ali só havia lugar para os mortos. Desta forma, não titubearam em seguir em frente.
Continuaram então sua jornada e não avistavam mais nada ao redor. Foi então que a paisagem começou a mudar, sendo substituída por uma campina esverdeada por planícies repletas da grama mais macia e por arvores suntuosas, repletas de beleza e esplendor. Do lado esquerdo corria um rio cristalino que entoava o som de águas que corriam mansamente. Era tudo singularmente belo e toda aquela natureza trazia alegria e paz para os corações daquele jovem casal.
Foi então que o rapaz avistou uma construção enorme despontando no horizonte. Alicerçado numa Rocha, eles perceberam que se tratava de um grande Castelo. Ele era de uma feitura delicadamente arquitetada. Seus tijolos eram grandiosos e suas muralhas o envolviam criando uma fortaleza praticamente intransponível. Vendo mais detalhadamente eles perceberam que havia quatro torres e uma central que cortava as nuvens e por ser tão grande não era possível ver aonde terminava. Como entrariam ali? - se perguntavam.
Ao se aproximarem, para a surpresa deles, o portão se abriu vagarosamente. Surpresos e embevecidos por uma construção tão bela estavam extremamente curiosos e ávidos por conhecer aquilo que nem nos seus maiores sonhos pensariam em ver. Era um castelo de verdade! - diziam. Chegando mais perto avistaram o jardim repleto de flores adornadas pelo mais perspicaz jardineiro. Era tudo explêndido! A construção era milimetricamente desenhada e cimentada pelo mais preparado engenheiro. Cada torre tinha sua beleza única. As paredes eram pintadas pelas cores mais suaves e o chão era entalhado por cerâmicas de alto valor. Internamente tudo era finamente decorado e não havia manchas nem sujeiras que diminuíssem a perfeição daquele local. Ao adentrarem no salão principal, para surpresa e espanto deles, haviam quadros de seus respectivos pais, trazendo uma familiaridade para eles. Porque estariam aqueles quadros ali? A quem, de fato, pertencia aquele magnífico Castelo que qualquer rei invejaria? Foi então que ouviram o som de um martelo batendo no alto de onde avistavam a escada da torre principal.
Ao subir aquela infindável torre o jovem casal se espantou. Era um anjo que estava cimentando e pondo um tijolo na torre que ainda estav sendo terminada.
Onde estamos? - perguntou a mulher.
O anjo ternamente a olhou e disse: Vocês estão num castelo, não perceberam? - ironizou.
Claro que sim! Mas porque estamos aqui? A quem ele pertence?
O Castelo é de vocês, a quem mais poderia pertencer?
Nosso? - eles disseram surpresos.
Claro. Deixe-me explicar. - disse o anjo - Provavelmente vocês passaram por um deserto solitário e avistaram algumas estranhas construções. Tudo aquilo representava os relacionamentos que tiveram no passado. Casas de palha, ruínas e assombrações. O vento e as tempestades da vida facilmente a destruíam. A terra era seca, os lugares eram inóspitos assim como as escolhas que vocês fizeram no passado. Depois disso, perceberam que a paisagem começou a mudar. Era o melhor de Deus que estava se aproximando. Foi neste momento que o Amor sorriu pra vocês. E este Castelo praticamente intransponível, insubstituível em beleza é o relacionamento de vocês. Sua base é Cristo, infinito em poder e sobre Quem vocês estão construindo sua união. Quem então poderia separar vocês?
Ninguém. - refletiram. Mas porque os retratos de nossos pais?
É simples. Eles são a base e o auto-retrato do que vocês estão construindo. Um espelho. Vocês são um pouco do reflexo daquilo que um dia vivenciaram.Vocês também devem ter notado as quatro torres, não? - Ele disse enquanto encaixava mais um tijolo na construção.
É claro! - disseram.
Pois então. Elas representam a paciência, o perdão, a humildade e a fé. São sobre estas torres que vocês entrelaçam sua relação e sobre as quais ela tem crescido e fortalecido.
Mas, e esta torre? O que ela representa? - disse o jovem rapaz.
Sorrindo o anjo disse. - Ela representa o amor.
Mas porque ela não chegou ao fim? Porque ainda está sendo construída?
Calmamente o anjo pôs o martelo e a pá num canto da obra, virou-se para o jovem casal e disse:
Por acaso, em algum instante, vocês deram limites ao amor que sentem um pelo outro? Provavelmente não. E quanto ao fim desta construção, ela deve se estender até o céu. Lá será o seu limite. Pois quanto mais alto a torre, mais perto ela estará de Deus. E quanto mais perto estiverem de Deus, significa que maior será o amor que sentirão um pelo outro. - O anjo parou um pouco e mais uma vez indagou:
Devo continuar construindo a torre? Porque isso só depende de vocês.
Em devaneios, poesia.
sexta-feira, 29 de março de 2013
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
E o mundo chegou ao fim..
Então meu amigo, como você está neste momento em que lhe restam apenas algumas horas?
Viveu o bastante, sonhou o bastante, aprendeu o suficiente?
Desafiou as horas, passou noites em branco, viajou o suficiente?
Praticou exercícios, abraçou sem pressa, se uniu eternamente com outro coração?
Sorriu mais do que derramou lágrimas?
Perdoou mais do que ofendeu?
Disse mais verdades ou mais mentiras?
Caminhou na natureza, contemplou por muitas vezes o nascer do sol e teve tempo
para tomar um sorvete acompanhando o seu pôr no entardecer?
Deitou na rede, beijou o lábio mais doce, se aventurou em algum desconhecido?
Disse eu te amo mais do que eu te odeio?
O olhar foi compassivo ou acusador?
Guarda ternura no coração ou o fel da amargura?
Sentou na roda de amigos e riu o suficiente?
Fez palhaçadas e riu da própria piada?
Dançou o suficiente?
Dividiu mais do que arrecadou?
Reconheceu sua finitude ou ainda é o centro do universo?
Seu egoísmo foi pisoteado pelo altruísmo?
Seu próximo ainda passa fome?
Escutou um milhão de vezes sua canção favorita?(fácil essa)
Guardou segredos e desabafou o suficiente?
Entendeu a rima da felicidade com a simplicidade?
Agradeceu mais do que resmungou?
Parou de enganar a si mesmo?
Lutou na brevidade da vida, mas entendeu que a melhor perspectiva é a da eternidade?
Entendeu que riqueza não significa ter dinheiro?
Diferenciou o amor da paixão?
Escolheu amar acima de qualquer outra coisa?
Reflita bem nesta lista, pois mesmo que seja tão curta, pode significar que mesmo que o mundo não acabe amanhã( e não irá), que se você não estiver vivendo com um fio de sensatez, o seu mundo já pode ter se acabado a muito tempo.
domingo, 28 de outubro de 2012
O presente da dor.
O século XXI é um século agitado. O homem da contemporaneidade tem muitos afazeres, novas preocupações e, ao meu ver, ele crê que muitas coisas já deveriam ter sido expelidas do nosso cotidiano. E a dor, para muitos, é um destes males não necessários. Afinal de contas, porque nós deveríamos sofrer? Em que, voce poderia me perguntar, faz-se valer a dor?
Ao meu ver, vivemos a era das pílulas. Sentiu uma dorzinha? Tome uma aspirina. Sentiu um leve desconforto emocional? Corra para uma farmácia e compre um calmante. Faça qualquer coisa, mas não deixe que esta dor se perpetue, dizemos. Mas será este o melhor caminho? A dor em sua própria natureza não traz nada de bom? Absolutamente, creio não ser esta a verdade.
Reflita, como seria um mundo sem dor? Primeiramente poderíamos comer todo tipo de guloseimas, encher nosso estomago de alimentos vencidos, e simplesmente o eliminaríamos depois e pronto. Mais tarde poderíamos realizar este ato estúpido de novo, pois nada sentimos. Mas, quando sentimos aquela dor de barriga, o desconforto nauseante, nem queremos saber daquilo de novo. Fomos avisados de que aquela atitude não é boa, e se continuarmos, estamos destruindo o nosso corpo.
Doutor Paul Brand( in memoriam) junto com Philip Yancey, escreveu um livro entitulado "A dádiva da dor". Neste belíssimo livro, o médico Paul passou anos num país africano em que várias pessoas sofriam de Lepra e ele passou a sua vida com o propósito de ajuda-lás. Ao longo dos anos foi percebendo o quanto aquela doença trazia males para os pacientes. Para os que não sabem , a lepra é uma doença que acomete o indivíduo provocando lesões de pele acometendo nervos da periferia, possuindo um efeito anestésico nestas lesões. Resumindo, o paciente não sente dor nestes locais. Num dos relatos de pacientes que o Doutor Paul acompanhava, ele comenta sobre um paciente que foi em sua casa a procura de atendimento em uma de suas mãos, mas ao examinar o jovem rapaz, Paul encontrou um prego enfiado no pé do garoto! O jovem estava caminhando e nem sequer percebeu a lesão infectante que acometia um de seus membros! Não havia dor, portanto, não havia nenhum sinal de alerta! Será que a dor não tem nenhum benefício?
Sem a dor, não receberíamos o sinal de parada, o alerta vermelho. A verdade é que a dor é nosso elemento de sobrevivência, mas poucos entendem isso. Não digo que se sentimos qualquer sensação dolorosa, deveriamos alimentá-la até o fim. Nunca! Mas o que pretendo provocar como reflexão é a retirada do conceito de que a dor é o seu maior rival ou inimigo nº 1.
Como estudante de medicina, a dor será aquilo com que irei me deparar e enfrentar no meu consultório o resto da vida. Meu dever será tirá-la a qualquer custo, e lutarei por isso claro. Mas sei, que em alguns momentos, ela se faz necessária. Fará parte do processo de cura.
Infelizmente, na agitação e superficialidade dos relacionamentos, ninguem quer sofrer. A angústia é a pior sensação e não deveriámos senti-la em nenhum momento. ERRADO! É a angústia de um relacionamento rompido, de uma amizade desfeita ou da repreensão que te tira da superficialidade sentimental. Do contrário, permanecerás infantil e não atingirás nenhum grau de maturidade. Você precisa sofrer, porque do contrário, nunca irá aprender o que é bom para você. Não insisto que corra em busca dos erros e da dor, mas quando ela vier, aprenda com ela, deguste o momento da solidão, e mesmo que ela desça de forma amarga, produzirá bons frutos se for bem absorvida.
Não me surpreende as altas rendas da indústria farmacológica com os antidepressivos e ansiolíticos. Sei que existe diferenças na depressão com um alto fator biológico, mas sei que existem pessoas que sofrem de depressão porque não aprenderam com sua dor. E de tanto não aprender e temer o sofrimento, a indústria lucra com seu sofrimento. Ela sabe que em alguns casos o perdão, a decisão de fazer diferente após refletir sobre o que tenha acontecido de pior em sua vida, você poderia ter entendido que os momentos de angústia, lágrimas e pesar estavam te enriquecendo como ser humano e moldando seu caráter, mas não. Você preferiu a superficialidade de um paliativo, e deixe-me ser sincero, não funcionará.
Poderá relaxar num sono artificial, na anestesia do sentimento, mas ele voltará e te assombrará se não for tratado na própria raiz. É preciso que seja extirpado o agente infeccioso, do contrário, você apenas o adormece e ele acorda.
A dor adverte sobre o mal.
O ser humano precisa de cura. Cura da sua prepotência, de seu egoísmo, de sua vil consciência. É necessário perdão, quando se há rancor. A angústia é apenas o recado de que você precisa rever seu caminho e tomar melhores decisões.
Quando um relacionamento está ruim e você sofre de maneira que abandona seu amor próprio, o meu desejo é que doa profundamente até que voce venha a reconhecer.
Acredite, a dor é um presente. Ela te informa que é necessário mudar a rota. Que você deve correr em busca de algo melhor. Que voce está doente e necessita de tratamento.
Sou contra o slogan "PARE DE SOFRER". Mera ilusão contra os ignorantes que não entendem, que enquanto nestas terras pisarmos, haverá sempre a dor.
Não devemos viver sofrendo, mas precisamos reconhecer que enquanto vivermos haverá sofrimento.
E isto não é ruim, pois quando as coisas boas voltarem a acontecer, daremos o devido valor. Poderemos aconselhar aquele que padece de algo parecido com o que sentimos no passado.
Através da dor, poderemos aprender um pouco mais sobre compaixão.
Jesus Cristo suou gotas de sangue devido a tamanha aflição. Sacrificou-se num calvário e foi abandonado por todos seus amigos. Tamanha dor promoveu perfeita Salvação.
Não faço apologia da dor, mas ela já me livrou de muita coisa.
Ao meu ver, vivemos a era das pílulas. Sentiu uma dorzinha? Tome uma aspirina. Sentiu um leve desconforto emocional? Corra para uma farmácia e compre um calmante. Faça qualquer coisa, mas não deixe que esta dor se perpetue, dizemos. Mas será este o melhor caminho? A dor em sua própria natureza não traz nada de bom? Absolutamente, creio não ser esta a verdade.
Reflita, como seria um mundo sem dor? Primeiramente poderíamos comer todo tipo de guloseimas, encher nosso estomago de alimentos vencidos, e simplesmente o eliminaríamos depois e pronto. Mais tarde poderíamos realizar este ato estúpido de novo, pois nada sentimos. Mas, quando sentimos aquela dor de barriga, o desconforto nauseante, nem queremos saber daquilo de novo. Fomos avisados de que aquela atitude não é boa, e se continuarmos, estamos destruindo o nosso corpo.
Doutor Paul Brand( in memoriam) junto com Philip Yancey, escreveu um livro entitulado "A dádiva da dor". Neste belíssimo livro, o médico Paul passou anos num país africano em que várias pessoas sofriam de Lepra e ele passou a sua vida com o propósito de ajuda-lás. Ao longo dos anos foi percebendo o quanto aquela doença trazia males para os pacientes. Para os que não sabem , a lepra é uma doença que acomete o indivíduo provocando lesões de pele acometendo nervos da periferia, possuindo um efeito anestésico nestas lesões. Resumindo, o paciente não sente dor nestes locais. Num dos relatos de pacientes que o Doutor Paul acompanhava, ele comenta sobre um paciente que foi em sua casa a procura de atendimento em uma de suas mãos, mas ao examinar o jovem rapaz, Paul encontrou um prego enfiado no pé do garoto! O jovem estava caminhando e nem sequer percebeu a lesão infectante que acometia um de seus membros! Não havia dor, portanto, não havia nenhum sinal de alerta! Será que a dor não tem nenhum benefício?
Sem a dor, não receberíamos o sinal de parada, o alerta vermelho. A verdade é que a dor é nosso elemento de sobrevivência, mas poucos entendem isso. Não digo que se sentimos qualquer sensação dolorosa, deveriamos alimentá-la até o fim. Nunca! Mas o que pretendo provocar como reflexão é a retirada do conceito de que a dor é o seu maior rival ou inimigo nº 1.
Como estudante de medicina, a dor será aquilo com que irei me deparar e enfrentar no meu consultório o resto da vida. Meu dever será tirá-la a qualquer custo, e lutarei por isso claro. Mas sei, que em alguns momentos, ela se faz necessária. Fará parte do processo de cura.
Infelizmente, na agitação e superficialidade dos relacionamentos, ninguem quer sofrer. A angústia é a pior sensação e não deveriámos senti-la em nenhum momento. ERRADO! É a angústia de um relacionamento rompido, de uma amizade desfeita ou da repreensão que te tira da superficialidade sentimental. Do contrário, permanecerás infantil e não atingirás nenhum grau de maturidade. Você precisa sofrer, porque do contrário, nunca irá aprender o que é bom para você. Não insisto que corra em busca dos erros e da dor, mas quando ela vier, aprenda com ela, deguste o momento da solidão, e mesmo que ela desça de forma amarga, produzirá bons frutos se for bem absorvida.
Não me surpreende as altas rendas da indústria farmacológica com os antidepressivos e ansiolíticos. Sei que existe diferenças na depressão com um alto fator biológico, mas sei que existem pessoas que sofrem de depressão porque não aprenderam com sua dor. E de tanto não aprender e temer o sofrimento, a indústria lucra com seu sofrimento. Ela sabe que em alguns casos o perdão, a decisão de fazer diferente após refletir sobre o que tenha acontecido de pior em sua vida, você poderia ter entendido que os momentos de angústia, lágrimas e pesar estavam te enriquecendo como ser humano e moldando seu caráter, mas não. Você preferiu a superficialidade de um paliativo, e deixe-me ser sincero, não funcionará.
Poderá relaxar num sono artificial, na anestesia do sentimento, mas ele voltará e te assombrará se não for tratado na própria raiz. É preciso que seja extirpado o agente infeccioso, do contrário, você apenas o adormece e ele acorda.
A dor adverte sobre o mal.
O ser humano precisa de cura. Cura da sua prepotência, de seu egoísmo, de sua vil consciência. É necessário perdão, quando se há rancor. A angústia é apenas o recado de que você precisa rever seu caminho e tomar melhores decisões.
Quando um relacionamento está ruim e você sofre de maneira que abandona seu amor próprio, o meu desejo é que doa profundamente até que voce venha a reconhecer.
Acredite, a dor é um presente. Ela te informa que é necessário mudar a rota. Que você deve correr em busca de algo melhor. Que voce está doente e necessita de tratamento.
Sou contra o slogan "PARE DE SOFRER". Mera ilusão contra os ignorantes que não entendem, que enquanto nestas terras pisarmos, haverá sempre a dor.
Não devemos viver sofrendo, mas precisamos reconhecer que enquanto vivermos haverá sofrimento.
E isto não é ruim, pois quando as coisas boas voltarem a acontecer, daremos o devido valor. Poderemos aconselhar aquele que padece de algo parecido com o que sentimos no passado.
Através da dor, poderemos aprender um pouco mais sobre compaixão.
Jesus Cristo suou gotas de sangue devido a tamanha aflição. Sacrificou-se num calvário e foi abandonado por todos seus amigos. Tamanha dor promoveu perfeita Salvação.
Não faço apologia da dor, mas ela já me livrou de muita coisa.
sábado, 22 de setembro de 2012
Só
Vazio. Sozinho num quarto fechado onde silhuetas de um lampejo percorriam o chão. Quem me comprou a solidão? - pensava. Quando iniciei a formaçao desta ilha? Um jovem questionava o porque de tanta pequenez e finitude no ser humano.
Nunca tinha enfrentado a solidão e achava que era auto suficiente num orgulho que em secreto o dominava. Seria a amizade o meu refúgio? A mesa completa, os risos, a conversa alegre e sem restrições, onde o tempo voava em anos-luz.
Onde estão meus primeiros anos? A infancia é uma corrida desenfreada que desafia a preocupação. Nela o sorriso é a sinceridade de um coração exposto e a tristeza não passa de um dia tão bom que já acabou.
E o tempo corre. Responsabilidades surgem e o tempo vira reflexão. Finito? Não, por favor!
Quem de fato remove a ilha de mim? Me dê sonhos realizados. Quero a melhor profissão e a família que se complete num prisma de simples comunhão.
Dê-me o sucesso e toda barganha de um grande campeão e vencedor.
Mesmo assim, quer a casa esteja cheia ou me feche num quarto silencioso, a solidão permanece.
Paliativos não curam e a experiencia não me permite enganos pueris.
O vazio é real e "talvez haja Alguem ali na imensidão do céu e eu não esteja aqui tão só."
Ainda há harmonia num universo projetado? O beija-flor ainda pinta seu lindo quadro que atenua a alma do homem?
As ondas no mar calmo ainda entoam um som de paz?
O céu ainda é pincelado em azul?
O pôr do Sol, há cada dia, se faz diferente?
A mãe ainda perdoa o filho?
Há um gesto de carinho no caos?
Será que a fé compensa?
"Eu sei. Há Alguém além da imensidão do céu. E eu não estou aqui tão só."
Os traços de amor ainda são visiveis no universo. A beleza não é a coincidencia do desfecho de uma explosão.
Meu vazio é real. Meu vazio tem o tamanho exato da eternidade, do infinito.
Meu vazio tem o tamanho de Deus.
Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. - Jesus Cristo - Mateus 28:20
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Fadados ao egoísmo.
É sério. Por mais que seja triste essa realidade e você nem queira aceitar, terá que concordar comigo. Somos egoístas em essência. Duvida? Você pode me falar das boas atitudes, de sempre ter sido bom, não ser desonesto ou coisa parecida. Posso até concordar com você, mas em essência, o que lhe faz ser assim?
É lógico que não roubamos, matamos ou estamos sempre cometendo as piores bizarrices no nosso cotidiano. Comparando-me com várias pessoas que pisaram por estas terras eu não sou tão mal assim, você pode me dizer. Poderá ate me dar ótimos exemplos, como:
Hitler. O cara fez uma das maiores atrocidades que o planeta Terra conheceu! De forma fria e cruel, matou Judeus como se fossem meros objetos de seu divertimento. Esse sim era um cara egoísta, que só pensava em seus ideais mais esdrúxulos e aterrorizantes. Comparados a ele, talvez sejamos bons.
Que outro exemplo você me daria?
Nero. Como imperador de Roma, esse cara foi um perfeito egoísta. De tão doente, abriu as entranhas de sua mãe para saber de onde teria vindo tal perfeição. Perseguiu pessoas de boa indole e mandava matar na fogueira, como prova de seu ótimo carater, para não dizer o contrário. Tá vendo, existem pessoas piores do que eu, pois nem chego perto de tamanha maldade. Deus sabe disso. - você indaga.
Talvez nem precisemos ir tão longe, basta voltar para o ano de 1964, quando o golpe militar se encarregou de manter a ditadura através de torturas repletas de maldade com nossos estudantes. Sabemos que os homens maus existem, e temos a consciência de que não fazemos parte deles. Merecemos um bom lugar na eternidade, se é que ela exista. - você conclui.
Confesso que são bons argumentos em sua defesa, mas você pode estar se perguntando: porque Iuri quer tanto que eu veja meu egoísmo? Talvez eu não seja bom o bastante, mas e daí? A questão é, se nao somos bons o suficiente, o que promoverá de fato, uma religação com Deus? Preciso te dizer uma verdade, que poderá lhe causar frio na barriga, mas sei que fará você pensar e repensar a seu respeito de sua real natureza.
Até a atitude mais apreciável do ser humano é uma extensão de seu egoísmo. Somos bons nesta vida porque almejamos lá no fundo do nosso coração que talvez Deus esteja nos olhando lá de cima e nos separe uma vaguinha no céu. Namoramos alguém que em troca esteja nos dando algo bom e nos enriqueça com sua presença e amor. Somos bons filhos, bons profissionais e ótimos exemplos porque almejamos que dessa forma tenhamos algum tipo de retorno da sociedade, de nossos familiares ou das leis que regem a natureza do "aquilo que semeamos, colheremos." Consegue perceber seu ego, como a base? Sou bom, terei algo bom. Se faço uma boa ação, alguma coisa boa virá la na frente pra mim. Eu, eu e EU. Nosso mais refinado altruísmo é manchado pelo egoísmo. Todas nossas boas obras, visam algum retorno no aspecto do que consideramos transcedente.
Mas me diga: como o imperfeito conseguirá a atenção do Perfeito? O que poderá Lhe encher os Olhos?
Nenhum ato, por melhor que seja, promoverá uma religação com Deus.
"Todas nossas boas atitudes diante de Deus é como querer borrifar perfume num cadáver." Temos em essência algo que nos separá do Divino, pois escolhemos a desobediência, a mentira e a maldade. A não ser que voce nunca tenha mentido, dado uma enroladinha nem tenha tido nenhum tipo de pensamento errado na sua vida. Mas se você teve, como poderá chegar a frente de alguem que nunca errou e ser merecedor de estar num lugar cuja base é a Perfeição absoluta? Como ser bom a esse ponto?
Toda essa maldade que nos cerca precisa ser pisada de forma brutal e esmagadora, exigindo a perfeição de quem nuca errou.
E Ele o fez. Pagando o preço de nossos erros, o Perfeito estendeu Suas mãos e a cravou numa cruz.
Contrange-me o amor imerecido. Tirou-me a angústia de não ser merecedor do favor de Deus e comprou-me com Seu sangue, dando-me a liberdade transformadora de uma nova vida e fazendo com que o sorriso da eternidade despontasse em meu rosto.
Posso não ter sido bom o bastante e nunca cheguei nem perto disso. Mas Ele foi, e isso basta. Eis o evangelho de Cristo.
Só preciso aceita-Lo.
É lógico que não roubamos, matamos ou estamos sempre cometendo as piores bizarrices no nosso cotidiano. Comparando-me com várias pessoas que pisaram por estas terras eu não sou tão mal assim, você pode me dizer. Poderá ate me dar ótimos exemplos, como:
Hitler. O cara fez uma das maiores atrocidades que o planeta Terra conheceu! De forma fria e cruel, matou Judeus como se fossem meros objetos de seu divertimento. Esse sim era um cara egoísta, que só pensava em seus ideais mais esdrúxulos e aterrorizantes. Comparados a ele, talvez sejamos bons.
Que outro exemplo você me daria?
Nero. Como imperador de Roma, esse cara foi um perfeito egoísta. De tão doente, abriu as entranhas de sua mãe para saber de onde teria vindo tal perfeição. Perseguiu pessoas de boa indole e mandava matar na fogueira, como prova de seu ótimo carater, para não dizer o contrário. Tá vendo, existem pessoas piores do que eu, pois nem chego perto de tamanha maldade. Deus sabe disso. - você indaga.
Talvez nem precisemos ir tão longe, basta voltar para o ano de 1964, quando o golpe militar se encarregou de manter a ditadura através de torturas repletas de maldade com nossos estudantes. Sabemos que os homens maus existem, e temos a consciência de que não fazemos parte deles. Merecemos um bom lugar na eternidade, se é que ela exista. - você conclui.
Confesso que são bons argumentos em sua defesa, mas você pode estar se perguntando: porque Iuri quer tanto que eu veja meu egoísmo? Talvez eu não seja bom o bastante, mas e daí? A questão é, se nao somos bons o suficiente, o que promoverá de fato, uma religação com Deus? Preciso te dizer uma verdade, que poderá lhe causar frio na barriga, mas sei que fará você pensar e repensar a seu respeito de sua real natureza.
Até a atitude mais apreciável do ser humano é uma extensão de seu egoísmo. Somos bons nesta vida porque almejamos lá no fundo do nosso coração que talvez Deus esteja nos olhando lá de cima e nos separe uma vaguinha no céu. Namoramos alguém que em troca esteja nos dando algo bom e nos enriqueça com sua presença e amor. Somos bons filhos, bons profissionais e ótimos exemplos porque almejamos que dessa forma tenhamos algum tipo de retorno da sociedade, de nossos familiares ou das leis que regem a natureza do "aquilo que semeamos, colheremos." Consegue perceber seu ego, como a base? Sou bom, terei algo bom. Se faço uma boa ação, alguma coisa boa virá la na frente pra mim. Eu, eu e EU. Nosso mais refinado altruísmo é manchado pelo egoísmo. Todas nossas boas obras, visam algum retorno no aspecto do que consideramos transcedente.
Mas me diga: como o imperfeito conseguirá a atenção do Perfeito? O que poderá Lhe encher os Olhos?
Nenhum ato, por melhor que seja, promoverá uma religação com Deus.
"Todas nossas boas atitudes diante de Deus é como querer borrifar perfume num cadáver." Temos em essência algo que nos separá do Divino, pois escolhemos a desobediência, a mentira e a maldade. A não ser que voce nunca tenha mentido, dado uma enroladinha nem tenha tido nenhum tipo de pensamento errado na sua vida. Mas se você teve, como poderá chegar a frente de alguem que nunca errou e ser merecedor de estar num lugar cuja base é a Perfeição absoluta? Como ser bom a esse ponto?
Toda essa maldade que nos cerca precisa ser pisada de forma brutal e esmagadora, exigindo a perfeição de quem nuca errou.
E Ele o fez. Pagando o preço de nossos erros, o Perfeito estendeu Suas mãos e a cravou numa cruz.
Contrange-me o amor imerecido. Tirou-me a angústia de não ser merecedor do favor de Deus e comprou-me com Seu sangue, dando-me a liberdade transformadora de uma nova vida e fazendo com que o sorriso da eternidade despontasse em meu rosto.
Posso não ter sido bom o bastante e nunca cheguei nem perto disso. Mas Ele foi, e isso basta. Eis o evangelho de Cristo.
Só preciso aceita-Lo.
"a saber, se
com tua boca confessares ao Senhor Jesus e creres que Deus o ressuscitou
dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a
justiça e com a boca se faz confissão para a salvação" Romanos 10:9-10
sexta-feira, 20 de julho de 2012
Explicações...
Seria possível viver sem eles? Porque são simplesmente incomparáveis. Veja por que.
Eles fazem questão de dividir a nossa dor, tornando-a mais leve. Permitem que lágrimas caiam do nosso rosto, mas fazem questão de cada sorriso, aliás, eles extraem de nós os melhores sorrisos. Engrandecem pequenos momentos e faz-nos amar a simplicidade. Verdade seja dita; eles são inesquecíveis.
Quando costumam se reunir a conversa pode durar um dia inteiro, e se bobear pode surgir aquela frase costumeira:
- Nossa! Já viram as horas? Precisamos ir embora! (Devíamos ter mais momentos como estes...).
Eles possuem um abraço aconchegante, acolhedor. Enchem o nosso olhar com um brilho diferente e nos faz pensar: vale a pena viver!
Surpreendemo-nos com o quanto somos parecidos com eles e damos vivas às eventuais diferenças. E não se esqueça! São insubstituíveis! Eles possuem as melhores palavras nas piores situações. Voz doce nas circunstancias amargas. Suavizam o fardo áspero e nos aquietam em momentos revoltos. Trazem alegria quando insistimos em acariciar a tristeza. Conseguem trazer ordem num momento de caos, e por vezes fazem da ordem um verdadeiro caos (o que não deixa de ser saudável)!
Fazem com que o silêncio fale mais que palavras e trazem palavras quando o silêncio precisa ser quebrado (como vocês conseguem fazer isto?). E atenção! Eles te conhecem o suficiente para saber quando está usando máscaras. Nem adianta usá-las. E não se preocupe em dizer eu te amo para eles, pois não vão pensar nada além do que aquilo que você queria expressar(eu amo vocês). Eles nos ajudam a levantar quando caímos e faz questão de se ajoelhar conosco quando precisamos estar de joelhos. Costumam dizer que a distancia não importa, é o Eterno quem os une. Aliás, com eles fica tão fácil acreditar em Deus e num futuro melhor.
Ah! Como são especiais! Costumamos chamá-los de anjos e realmente o são, pois costumamos voar quando estamos com eles. Quando percebem nossos erros não se afastam, se aproximam mais. Fazem de nós pessoas ricas, e não pense que estou falando em dinheiro, falo em ser rico de verdade.
Descrevê-los aqui seria impossível, mas preciso de algo. Preciso de explicações. Preciso que me expliquem estas pessoas. Como eles conseguem ser poesia? Como conseguem ser uma doce melodia? Explica-los... ham! Inocente tentativa. A bem da verdade são inexplicáveis. Simplesmente fazem um autor se emocionar enquanto escreve e um leitor suspirar enquanto lê.
Já sabe de quem estou falando? A esta altura você já pode até desconfiar. Talvez você até reconheça junto comigo que eles não possuem explicações e sim uma bela definição.
A propósito, não há melhor definição do que resumi-los em uma pequena palavra:
E quer um conselho?
Tenha vários e faça questão de ser um.
Por: Iuri Vasconcelos
quarta-feira, 18 de julho de 2012
Tentações
Papo sério. Já ouvimos dizer bastante sobre tentações e já desviamos o olhar para quem insiste em falar sobre ela. Conversa ultrapassada, repleta de religiosidade e que não possui nenhum fim em si mesmo. Uma visão mais "intelectualizada" diria talvez que essa seja uma maneira sutil de repressão social por aqueles que controlam o sistema. Mas talvez esse tema não tenha sido abordado da forma mais franca e sincera. E ao meu ver, a tentação existe, é real, disfarçada de algo bom e com uma consequência ruim.
Não vou comentar aqui sobre um sistema de regras entre o que se pode e o que não pode ser feito. Não é assim. Somos adultos e já convivemos demais com regras e já estamos vivendo de uma forma em que reconhecemos a responsabilidade de cada escolha feita, não é verdade? Porque então, toda aquela idéia de pecado, do isto é errado, aquilo é mal? Tudo isso está dentro de uma estratagema maior do que pensamos, vou dizer porquê.
Já ouvimos falar sobre riquezas, sexo, prazeres e que se não tivermos o devido cuidado, tudo isto pode se tornar uma tentação em nossas vidas e se prosseguirmos tornar-se-ão vícios e que por fim terão um único salário: a morte.
Um psiquiatra renomado relata em um de seus livros que o maior indice de pessoas no seu consultório gozam de bom status social. Mas que mesmo vivendo em mansões, possuem uma qualidade de vida miserável em seu interior. O homem pode buscar suas riquezas e alcançar milhões em sua conta monetária, entrando numa corrida desenfreada pelo sucesso profissional, sentando no posto maior de sua empresa e mesmo assim entrar num quadro depressivo irremediável culminando com o suícidio. Isto é real meus amigos,não pense que estou somente devaneando. O que dizer do Crack de 1929? Milionários sucumbiram diante do panorama de cairem em falência. Sem titubear, pegaram o revolver de suas gavetas feita da madeira mais cara e atiraram contra sua própria cabeça. Irracionalmente, aniquilaram sua maior riqueza: A vida. Estranho, não? Não condeno o fato de ser rico ou gozar de boa renda monetária, mas me preocupo com o que acontece quando em nossos coraçoes as riquezas estão em primeiro lugar. Quando a ambição encontra um altar em nossas mentes, o mundo entra em guerra amigo. Já conhecemos duas, e ninguem sabe quando poderá vir a terceira. A riqueza pode ser uma tentação, você ainda dúvida?
E quanto ao sexo? Ontem conversava com um grande amigo e por dado momento começamos a indagar sobre esse assunto. Já reparou como na nossa sociedade tudo gira em torno do sexo? Leitor, se você deseja comprar uma camisa, na propaganda tem um casal no maior amasso, se o desejo é de beber uma cerveja a propaganda apela para a mulher mais sensual e se for apenas um refrigerante, porque não por uma mulher também? Coincidência(risos)? De forma alguma. O sexo tem poder sobre a mente de qualquer ser humano e a mídia sabe muito bem como manipular seus fantoches. Através de suas jogadas de marketing apelativas para o sexo, nos fazem parecer tolos quando insistem em fazer campanhas contra a Aids e fingem se assustar com crianças entrando cada vez mais cedo no mundo do sexo. Eles mesmo apelam e fingem que estão preocupados. O sexo é sem dúvida um dos maiores presentes que Deus poderia nos dar, mas da maneira suja como é vendido, torna-se um presente embrulhado numa caixa de sapato usada. Sexo anda combinado com o amor e é desfrutado da melhor maneira, no tempo certo, quando duas vidas estão fortemente unidas por uma aliança inquebrantável. Torna-se uma tentação quando não sabemos esperar, já que a própria espera enraiza um amor. Deus não é um estraga prazeres, mas a sociedade o faz parecer um.
E em relação aos prazeres? Estamos esquecendo da palavra equilibrio. O nosso próprio corpo responde de uma maneira ruim quando exageramos. Se encontramos um banquete delicioso em nossa frente e ultrapassarmos o limite a gente se sente mal. Se a bebedeira for nosso Hobbie, poderemos sucumbir num fígado cirrótico. Tudo realizado de maneira desproposital cai numa vida sem sentido. Basta apenas pensar um pouco e perceberemos que tudo feito da melhor forma culminará em nosso próprio bem. Basta que sejamos inteligentes e sensatos.
Se eu pudesse simbolizar a tentação eu diria que a conheceriamos numa estrada de duas vias. Numa via a estrada parece nao ser tão atraente, não é totalmente asfaltada alem de ser bastante dificil de caminhar em alguns trechos. Na outra, o contrário. A rua é aparentemente nova, bem asfaltada e nos atrai facilmente. Optando pela segunda estrada, aceleramos bastante o carro pois parece que ela é apenas uma reta sem fim. Podemos até botar o rosto para fora do carro e sentir o vento. Cada vez mais veloz e confiante nos deixamos levar e não percebemos a curva sinuosa à frente. Tentamos freiar o carro mas é em vão. Desastre. Fim. A estrada ingreme parecia mais dificil de ser trilhada, mas era a única que levava ao destino desejado.
E disse Jesus: Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela.
Quando escrevo sobre todas estas coisas entendo o que Jesus queria dizer com a frase; Onde estiver o seu tesouro, ali estará o seu coração. Tudo depende daquilo que alimentamos em nossas mentes e facilmente podemos fazer daquilo que serviria para nossa felicidade uma fonte de vícios e ficamos presos a uma vida repleta de mentira, luxúria, ambição desenfreada.
Lembrando que quem vos escreve não entende o mundo como um manual de regras. E que repleto de imperfeiçoes, já errou e erra muito. Apenas entendi uma coisa. Deus nos ama bastante e nos perdoa do pior pecado. Entendi que Aqueles braços abertos numa cruz era para mim e que fui aceito no meu mais sincero arrependimento. E entendi que a vida em abundancia não é a vida desmedida, mergulhada nas mais diversas loucuras e bizarrices. Fui salvo por um amor perfeito de quem se fez imperfeito e maldição unicamente por querer passar a eternidade comigo. Como resistir a um amor assim? Não vivo sobre o que deve ou nao ser feito, embaixo do jugo do certo e do errado. Apenas descobri a liberdade de fazer aquilo que é certo e honesto, e quando vier a falhar encontro um perdão infinito e uma nova chance de acertar.
Reflito em como seria um mundo em que a mentira não houvesse lugar, que fossemos leais num relacionamento, e se escolhêssemos a solidariedade e equilibrio na sociedade com uma igual distribuição de renda e a ambição perdesse espaço nos corações dos homens. Talvez descobríssemos a paz e a real felicidade.
Mas, da forma como caminha a humanidade e pelas decisoes diarias que fazemos em cada circunstância e como sociedade, é fatídica uma conclusão:
A tentação tem sido forte demais.
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