sábado, 22 de setembro de 2012


Vazio. Sozinho num quarto fechado onde silhuetas de um lampejo percorriam o chão. Quem me comprou a solidão? - pensava. Quando iniciei a formaçao desta ilha? Um jovem questionava o porque de tanta pequenez e finitude no ser humano.
Nunca tinha enfrentado a solidão e achava que era auto suficiente num orgulho que em secreto o dominava. Seria a amizade o meu refúgio? A mesa completa, os risos, a conversa alegre e sem restrições, onde o tempo voava em anos-luz.
Onde estão meus primeiros anos? A infancia é uma corrida desenfreada que desafia a preocupação. Nela o sorriso é a sinceridade de um coração exposto e a tristeza não passa de um dia tão bom que já acabou.
E o tempo corre. Responsabilidades surgem e o tempo vira reflexão. Finito? Não, por favor!
Quem de fato remove a ilha de mim? Me dê sonhos realizados. Quero a melhor profissão e a família que se complete num prisma de simples comunhão.
Dê-me o sucesso e toda barganha de um grande campeão e vencedor.
Mesmo assim, quer a casa esteja cheia ou me feche num quarto silencioso, a solidão permanece.
Paliativos não curam e a experiencia não me permite enganos pueris.
O vazio é real e "talvez haja Alguem ali na imensidão do céu e eu não esteja aqui tão só." 
Ainda há harmonia num universo projetado? O beija-flor ainda pinta seu lindo quadro que atenua a alma do homem?
As ondas no mar calmo ainda entoam um som de paz?
 O céu ainda é pincelado em azul?
O pôr do Sol, há cada dia, se faz diferente?
A mãe ainda perdoa o filho?
Há um gesto de carinho no caos?

Será que a fé compensa?

 "Eu sei. Há Alguém além da imensidão do céu. E eu não estou aqui tão só."

 Os traços de amor ainda são visiveis no universo. A beleza não é a coincidencia do desfecho de  uma explosão.

Meu vazio é real. Meu vazio tem o tamanho exato da eternidade, do infinito.

 Meu vazio tem o tamanho de Deus.

Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. - Jesus Cristo - Mateus 28:20

Um comentário: